terça-feira, 20 de maio de 2008

Ecletismo de Moby.


Li em diversos meios, duras críticas sobre os últimos trabalhos do DJ Moby. Como por exemplo, a de Thiago Ney para a Folha de S.Paulo, na qual chegou a escrever que Moby era um dos principais nomes da desgraça definida por ele como “música de cafeteria”, ou seja, um som que não chama atenção.

Já a respeito de seu último álbum “Last Night”, só foram boas críticas. Este marca a volta do DJ à Dance Music, e em entrevista à Folha, Moby declarou que “é uma carta de amor à Dance Music de Nova York”.

Este novo CD é bem mais dançante que os demais, eu gostei muito das músicas “The Stars” e “Disco Lies”. Porém não concordo com críticas aos álbuns anteriores, pois são eles que demonstram o ecletismo de Moby.

Eu aplaudo então outros trabalhos do DJ Moby, como “Raining Again” e “Lift Me Up”, ambas do álbum Hotel.

Assim como todos nós temos fases distintas na vida, Moby também diversificou bem seu estilo, entre seus trabalhos, podemos ouvir Flower (Play), Temptation (Hotel) e Alice (Last Night) e saber que apesar de não parecerem todas de um mesmo DJ, são todas boas.

Nota: O verdadeiro nome de Moby é Richard Melville Hall, Moby, pois é parente de Herman Melville, autor de “Moby Dick”

terça-feira, 6 de maio de 2008

Faltava o Lula!!


Como alguém disse na postagem do dia primeiro de abril, faltava o Lula, eis aqui então, nosso presidente.
Eu tinha perdido esse arquivo, achei hoje em um de meus cds.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Muito pouco, pouco muito

Muitas escolhas,
poucas são boas.
Muitos medos,
poucos apegos.
Muitas opções,
poucas decisões.
Muito vazio,
pouco sadio.
Muitos corações,
poucas orações.
Muitos conceitos,
poucos aceitos.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A vez da Dança Flamenca

Me lembro até hoje a primeira vez que entrei no Teatro Municipal; era para assistir a um espetáculo de dança flamenca, e que espetáculo! Fiquei encantada com a precisão da coreografia. Isso já faz uns bons anos, e até hoje me recordo das cenas.

A música flamenca é muito envolvente, e este é o mês dela em São Paulo. Dias 12 e 13 de abril, Yerbabuena (companhia que leva o nome da bailarina e coreógrafa Eva Yerbabuena) iniciará sua turnê aqui, e hoje dará aulas no Pulsarte (17h às 19h), Alto de Pinheiros.

Nos dias 28 e 29 teremos em Sampa também o Ballet Nacional da Espanha, com as coreografias “Aires de Villa y Corte” e “La Leyenda” no Teatro Alfa, os preços variam de R$ 50 a R$150.

“La Leyenda” é uma homenagem do diretor e coreógrafo José Antonio para Carmen Amaya, uma das melhores bailarinas que já existiu, nasceu em Barcelona e percorreu o mundo com sua dança, e o que se diz, é que ela foi a primeira bailarina a apresentar um espetáculo de Flamenco inteiro.
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Sobre o Flamenco
“O Flamenco, é o espelho da Andaluzia que sofre paixões gigantes e cala paixões, embaladas pelos leques e pelas mantilhas sobre as gargantas que têm. Tremores de sangue, de neve, e arranhões vermelhos feitos por olhares.” (Garcia Lorca)

O Flamenco é uma mistura de raças e culturas, surgiu em Andaluzia, Sul da Espanha, tem influências de El Pueblo de Andaluz (conhecidos também como El Pueblo Tartésico), Los Gitanos , Los Árabes, Judeus e também Indianos

Quanto ao nome Flamengo, são muitos os sinificados estudados, como por exemplo, a palavra relacionada aos Flamengos, povo cigano que saíram de Flandres e foram para Espanha; ou então do Árabe Felag Mengu, que significa camponeses nômades, mas o que importa é que o Flamenco existe, e como diz Garcia Lorca, é uma das maiores invenções do povo espanhol!
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Para quem quer ver Carmen Amaya:

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Para você: Pressa

Minha amiga pressa, em quantas ocasiões me deparei contigo nessa vida? por quantos momentos estive com você, e fiz tudo errado por ti? Quantas vezes te vi com outras pessoas e raiva senti?

Mas um dia alguém afirmou que teríamos que nos separar, calma pressa, seria só por alguns minutos.
-Temos que andar numa velocidade reduzida, para observarmos São Paulo. Disse o professor antes de saírmos em busca do tema da crônica . Pensei: - Será possível? Como caminharíamos sem você?

Então percebi que tu não é tão amiga assim, é um vício, que atormenta todos e pensei então como não nos contaminaríamos com o mal do século? Sim Pressa, tu és um mal, e muito comum na atualidade, pois tudo ao redor está acelerado.

A começar pelo elevador; fui empurrada para fora, quem disse que eu queria sair? Fui obrigada a descer do mesmo, num movimento involuntário guiado por terceiros, devido a você. No final da caminhada todos queriam voltar logo, pois outra aula começaria no horário marcado, então todos já estavam contigo novamente.Era a síndrome da aceleração do mundo moderno, tu minha cara.

No caminho (da ida, não da volta, pois não quero me preocupar com a cronologia da crônica) reparei que pouquissímos eram os carros que davam passagem aos outros, e quando um tentava, outros buzinavam. Semáfaros para pedestres existem para quê? Não sei. Só nós, ou melhor, só alguns de nós (pois fomos induzidos a te deixar de lado) paravámos, os outros nem sequer olhavam se estava verde ou vermelho.

Mas aonde todos querem chegar? Não importa, o que importa é que tem que ser logo. Quer ir a algum lugar? Pegue o carro, é mais veloz. Quer viajar? Vá de avião, chegará mais rápido. Quer subir três andares? Elevador, mais depressa. Quer ligar algo? Controle remoto, não perca tempo em levantar de onde está.

O mundo mecanizado, que deveria nos dar tempo de sobra, faz com sempre estejamos correndo contra ele. Renato Russo dizia “não temos tempo a perder”. Será? Ou tentando não perdê–lo é que acabamos ficando sem? Ninguém sabe.
Todos precisariam de tempo para pensar. Sei que não terão este tempo, pois você sim não perde tempo, está sempre com todos em todos os lugares.

Mas agora preciso finalizar esta crônica, pois tenho prazo de entrega e ainda sou apenas mais uma escrava do tempo (mas um dia me libertarei), assim como o mundo.Pressa, sinto muito, mas percebi que tenho que tentar me separar de você por mais tempo que pensei, não mais somente por alguns minutos, esse dia há de chegar e esperarei sem você, será muito complicado, mas percebi que você me faz perder as melhores coisas da vida, devia ter ouvido minha vó, quando me disse aquele velho ditado, que apressado come crú, pois é assim que estamos degustando a vida, crua.