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sábado, 22 de setembro de 2012

Claraboia: Um outro jeito de ver a dança!


Horas antes a dúvida: vai haver espetáculo? Chovia, não muito, mas chovia. Morena Nascimento nos avisa que estavam tentando ver as possibilidades para que a apresentação ocorresse, não demorou muito e ela animada falou: Vai ter!

Almofadas brancas sobre colchões brancos tomavam conta do chão sob a Claraboia no teto do Centro da Cultura Judaica. Assistir uma dança contemporânea de um outro ponto de vista. De baixo para cima. Todos deitados. Acima Morena Nascimento dançava na Claraboia.

Luzes; cordas; fumaça; pedras coloridas; bolinhas; penas; tinta; água; tudo dava um ar mágico visto de onde estávamos. Clarabóia é o nome do espetáculo que está em cartaz até o dia de hoje (22) no Centro da Cultura Judaica, às 16h serão os experimentos, sem todos os efeitos que a noite revela, porém, nestes o espectador terá a oportunidade de ver como tudo é feito, subindo no andar da claraboia; e de noite, às 20h30, o espetáculo, tal qual como foi ontem: belo.

Morena Nascimento foi bailarina da companhia de dança criada por Pina Bausch, Tanztheater Wuppertal, por três anos. Estudou dança na Unicamp.  Morena participou do documentário “Pina” de Win Wenders (recomendo).

Em entrevista para a “Saraiva Conteúdo”, Morena conta que quando foi convidada para criar algo para a Festa das Luzes em 2010, pelo Centro, a claraboia foi o lugar que mais a instigou, “com o ponto de vista da plateia de baixo”, e assim surgiu o espetáculo.

Para a revista Bravo! Morena fala da separação dos mundos entre ela e os espectadores: “Num determinado momento, canto, falo, tusso. Como o vidro separa os dois mundos, o público vê o gesto puro, desprovido do som”. É  essa divisão de mundos que encanta.

E parece que Claraboia terá uma próxima etapa. Morena afirmou ao site da Saraiva que fará um workshop com 25 bailarinos que, ao fim, serão selecionados seis para criar um trabalho em grupo. Vamos aguardar!

Vejam fotos que Nino Andrés tirou para a revista Bravo!





Ainda dá tempo: Apresentações de hoje – às 16h (experimentos). Às 20h30 (espetáculo).
Centro da Cultura Judaica. Rua Oscar Freire, 2.500, Sumaré.

Para ver mais acesse o vídeo aqui.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A vez da Dança Flamenca

Me lembro até hoje a primeira vez que entrei no Teatro Municipal; era para assistir a um espetáculo de dança flamenca, e que espetáculo! Fiquei encantada com a precisão da coreografia. Isso já faz uns bons anos, e até hoje me recordo das cenas.

A música flamenca é muito envolvente, e este é o mês dela em São Paulo. Dias 12 e 13 de abril, Yerbabuena (companhia que leva o nome da bailarina e coreógrafa Eva Yerbabuena) iniciará sua turnê aqui, e hoje dará aulas no Pulsarte (17h às 19h), Alto de Pinheiros.

Nos dias 28 e 29 teremos em Sampa também o Ballet Nacional da Espanha, com as coreografias “Aires de Villa y Corte” e “La Leyenda” no Teatro Alfa, os preços variam de R$ 50 a R$150.

“La Leyenda” é uma homenagem do diretor e coreógrafo José Antonio para Carmen Amaya, uma das melhores bailarinas que já existiu, nasceu em Barcelona e percorreu o mundo com sua dança, e o que se diz, é que ela foi a primeira bailarina a apresentar um espetáculo de Flamenco inteiro.
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Sobre o Flamenco
“O Flamenco, é o espelho da Andaluzia que sofre paixões gigantes e cala paixões, embaladas pelos leques e pelas mantilhas sobre as gargantas que têm. Tremores de sangue, de neve, e arranhões vermelhos feitos por olhares.” (Garcia Lorca)

O Flamenco é uma mistura de raças e culturas, surgiu em Andaluzia, Sul da Espanha, tem influências de El Pueblo de Andaluz (conhecidos também como El Pueblo Tartésico), Los Gitanos , Los Árabes, Judeus e também Indianos

Quanto ao nome Flamengo, são muitos os sinificados estudados, como por exemplo, a palavra relacionada aos Flamengos, povo cigano que saíram de Flandres e foram para Espanha; ou então do Árabe Felag Mengu, que significa camponeses nômades, mas o que importa é que o Flamenco existe, e como diz Garcia Lorca, é uma das maiores invenções do povo espanhol!
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Para quem quer ver Carmen Amaya: