sábado, 20 de outubro de 2012

O Surrealismo de Ricardo Figueiredo!


“O bom do surrealismo é que ele nos proporciona capacidade de mutação, sem modificar. É difícil entender. Podemos ser tudo.” Frase postada no Blog do Artista pernambucano Ricardo Figueiredo, nosso entrevistado de hoje.

Salvador Dalí, Leonardo da Vinci, Caravaggio, René Magritt e André Bretton, são estes os artistas nos quais Ricardo diz buscar inspiração “como consumidor do imaginário e dos sentimentos profundos”. 

O artista afirma que o sentimento humano é o que move sua arte, e explica que as cores que utiliza dependem do seu estado espiritual. “Atualmente estou trabalhando com cores bastante quentes e uma paleta bem complexa, pois não estou mexendo com segmento de tons pastel ou paleta monocromática.” E explica: “Harmonizar uma paleta de cores de contraste é bem complicado, mas o artista quando consegue encontra excelentes resultados.” 

Ricardo conta que seu primeiro contato com a arte foi aos 12 anos, quando estava na casa de uma amiga e viu um quadro que mexeu muito com ele, que como ele mesmo brinca, era um jovem sonhador e extremamente romântico. O artista descreve a imagem como se fosse algo recente em sua memória: “era de uma mulher jovem, com cabelos negros caindo sobre os ombros, os seios seminus. Ela chorava como se tivesse com saudades do amado”. Mas não recorda o artista. E foi então que começou a pintar.

Ricardo falou um pouco sobre algumas de suas obras, confira:




Inversão



Toda mudança social gera uma transição turbulenta na base cultural de um povo. A família já não é a mesma. Na época dos nossos pais e avós, a tradição era a família patriarcal, padrão de família feliz em quase todo o planeta.

As grandes transformações tecnológicas, a liberdade de expressão, novas crenças, as guerras, o consumo, as atuais profissões, enfim, a evolução natural do homem, o obriga a transmudar-se para suportar os ânimos nas metrópoles.

Principalmente nos grandes centros urbanos, muitos homens assumiram o papel que antes era posto às mulheres: como cuidar dos filhos, do marido e do lar. Hoje, há mulheres provedoras da família e homens que zelam pelos filhos, a esposa e o lar.

Em vários países, a exemplo do nosso, o reconhecimento das novas constituições familiares, como as de homoafetivos, que já são definitivamente aceitas legalmente.

O conceito de família evoluiu. Ser o homem ou a mulher o provedor do lar pouco importa. Válido é que as novas constituições familiares tornem seus integrantes felizes nas suas escolhas.

Essa troca de papéis na construção familiar será definitiva ou passageira? A certeza é que ela é de extrema importância às novas gerações!



Cubo Mágico 


Somos, por natureza, centralistas. Indivíduos de personalidade plástica, capazes de nos adaptar a tudo e a todos.
Os primórdios nos mostram essa característica centralizadora do homem. Figuras na história revelam a necessidade do homem em ser único. 
Talvez por termos exemplos de homens que até hoje são ícones de liderança e retidão nos seus ideais, como Moisés, Jesus Cristo, Madre Tereza de Calcutá, Albert Einstein, Blaise Pascal entre outras personalidades. 
Penso que todos esses homens formaram o seu perfil; uns conscientes, outros à revelia, mas com observação na própria crença e nos movimentos paralelos ou antagônicos a ela, adaptando-os à sua personalidade, construindo assim uma pseudo personalidade fiel à sua proposta.
Nós, pessoas comuns, também passamos por esse processo de aprimoramento todos os dias.
Esta tela constrói uma interação simbiótica com o observador, levando-o a reflexões intimas.
Ao realizar este trabalho vislumbrei incontáveis perspectivas sobre o mesmo tema, pois, de forma osmótica, tudo que nos rodeia, nos influencia, sejam pessoas, sejam coisas.
Talvez uma simples observação transforme o conceito de estar vivo, ou fortifique-o. 


Homem Apocalíptico


A soberba de Tântalo (Mito Grego – O suplício de Tântalo) em querer ser um deus nos afoga no vasto e inalcançável infinito do conhecimento. Na busca do poder supremo, o homem tenta materializar o efêmero a baixo e acima de Deus como se fosse uma criança ainda irresponsável sem perceber o que ocorre ao seu redor, atrás da bola empolgante da vitória que atravessa uma movimentada avenida, que por alguma sorte escape do possível e inevitável. Podemos perde tudo se fecharmos os olhos para a natureza humana no estado que se encontra. O homem não tem pilares que sustentem a vida possível neste grão errante rico em matéria divina no titã universo.



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Um comentário:

Antônio Lídio Gomes disse...

Carolina, é bom sabermos de artistas brasileiros que primam pelo bom gosto. e mostram que neste país é possível fazer arte de alta qualidade e bom nível.
Um abraço.