Cinema e Gastronomia juntos!

Cinema e Gastronomia juntos! Sim, essa é a união que o Centro da Cultura Judaica – Casa de Cultura de Israel – irá realizar na próxima terça-feira (28), às 19h. Trata-se do CineGastronomia, evento que unirá filme e receitas. Nesta edição, a película que será apresentada é do Irã, Border Café, que conta a história de uma viúva que consegue sobreviver ao sistema de tradições machistas de sua sociedade graças ao seu talento culinário.

Após o filme, a oficina terá receitas típicas da Pérsia antiga: Ashe Resteh (sopa de cebola), Baadejan Ghasemi (Berinjelas do Vizir), Fesenjan (Pato Real Persa), e Adass Polo (Arroz para grandes ocasiões).

Promete ser uma ótima combinação!

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A "restauradora" de Borja!

Alguns a consideram uma artista, outros, chamam seu ato de violação. Cecilia Gimenez, uma senhora de 80 anos que vive em Borja (cidade do sul da Espanha), realizou um “restauro” atípico na pintura Ecce Homo, de Elías García Martinez.

A imagem acima mostra o original, o obra deteriorada, e a "restauração" da senhora.

Pessoas publicaram reclamações sobre o alarde que tem ocorrido e compararam Cecilia a artistas famosos que já fizeram suas versões de obras de outros pintores, porém, o problema aqui é que ela não fez somente a sua versão da obra, e sim, a fez por cima da própria.

O que não se pode negar é que o fato abriu um leque de possíveis discussões e assuntos. Dentre eles, o que é arte atualmente? Qual o papel do restaurador que até então não tinha o prestígio merecido? E até mesmo cheguei ouvir questionamentos sobre a real imagem de cristo (ok, aí já é demais, rs).

Borja ficou conhecida, o santuário de Nuestra Señora de La Misericordia de Borja também. Elías García Martinez não era um artista de fama até então; apesar do Blog do centro de Estudos de Borja dizer que um informativo sobre a obra foi distribuído para 500 entidades do local em 2010, isso não é nada perto da proporção do que está acontecendo agora; e se não fosse pela “senhorinha de Borja” o artista continuaria preso ao anonimato, ou melhor dizendo, ao quase anonimato. E então, quem foi o artista? Cecília ou Martinez? Cecília quem deu status à obra, isso é indiscutível. E o melhor é que ela afirma não ter acabado o trabalho.

Na segunda-feira, dia 27, especialistas em restauração irão analisar a obra e ver o que poderá ser feito, apesar de muitas pessoas pedirem para que a restauração não ocorra.

Pela internet “pipocaram” várias paródias sobre o assunto. Conheça algumas:

A Última Ceia

Monalisa "restaurada"

Nem Van Gogh escapou

O Grito de Borja

E o Cristo Redentor

E isso, é arte? É permitido? Fica a questão!

Os melhores filmes, segundo Woody Allen!

O livro Conversas com Woody Allen, de Eric Lax, é um excelente livro. Uma Curiosa lista de melhores filmes que o diretor norte-americano faz quando não está com sono é uma das coisas que tornam a leitura prazerosa.

Woody a chama de “lista de insônia” de filmes favoritos, e envia a Eric com o seguinte bilhete: Quando acordo durante a noite, para aplacar o meu pânico existencial, faço listas mentais. Isso às vezes me ajuda a voltar a dormir. Quase sempre as listas são de filmes - acrescento ou subtraio títulos, substituo. Meus gostos não me parecem nada excepcionais, a não ser na área de comédias de enredo faladas, na qual pareço ter pouca tolerância para qualquer coisa, certamente não para os meus próprios filmes.

E logo começa a listar as películas:

Quinze dos meus filmes americanos favoritos, sem nenhuma ordem particular:

O Tesouro de Sierra Madre
Pacto de Sangue
Os Brutos Também Amam
Glória Feita de Sangue
O Poderoso Chefão II
Os Bons Companheiros
Cidadão Kane Fúria Sanguinária
O Delator
A Colina dos Homens Perdidos
O Terceiro Homem
Interlúdio
A Sombra de Uma Dúvida
Uma Rua Chamada Pecado
Relíquia Macabra

Doze dos meus filmes europeus favoritos e três filmes japoneses favoritos:

O Sétimo Selo
Rashomon
Ladrões de Bicicleta
A Grande Ilusão
A Regra do Jogo
Morangos Silvestres
8 1/2
Amarcord
Trono Manchado de Sangue
Gritos e Sussuros
La Strada
Os Incompreendidos
Acossado
Os Sete Samurais
Vítimas da Tormenta

(Nota: Tirando Cidadão Kane da lista de cima e passando para a debaixo, seria a minha lista de melhores filmes de todos os tempos).

Ele cita também as comédias mudas de Buster Keaton e as de Charlie Chaplin; musicais Cantando na Chuva e Agora Seremos Felizes são os que lhe parecem os melhores naquela noite escura e impiedosa, na qual escrevia; logo atrás fica My Fair Lady, a Roda da Fortuna, Um dia em Nova York e Oliver!.

As comédias ele divide em duas categorias, uma é a que ele chama de filmes comediantes que podem ser horríveis, salvo pelo trabalho do comediante; a outra, filmes de comédia que têm trama, assim ele continua:

Os filmes de comediante ou filmes mais tolos deslavados que sempre me fazem rir são:

Diabo a quatro

Os Quatro Batutas

Os Gênios da Pelota

Uma Noite na Ópera

Um Dia nas Corridas

Monsieur Beaucaire

Quem Mal Anda, Mal Acaba

Never Give a Sucker na Even Break

A Grande Noite de Casanova

Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu!

Porém, ele hesita em contar a lista de tramas faladas, pois diz que seu gosto é excêntrico e explica: [...] há um certo número de comédias que adoro que me fariam parecer tolo, ou deveria dizer, mais tolo, aos olhos do mundo. Além disso existe um certo de ícones, da comédia, que nunca fizeram nem nunca me farão dar uma risada, e não gosto deferir os sentimentos de ninguém que gasta um dinheiro suado fazendo comédias para telam ou mesmo seus descendentes. Admito que a minha lista tem sempre O Sheik Branco em primeiro lugar, e quando penso nas comédias americanas a minha convicção é de que não existe nenhuma melhor do que Nascida Ontem e Ladrão de Alcova.

Ele afirma também que o filme A Loja da Esquina é “danado de bom”, e diz que depois dessas escolhas a lista de insônia começa a ficar perigosa para consumo público, e vai finalizando seu bilhete explicando que não incluiu as comédias dele não por se sentir fora da competição, mas pelo fato de que ainda precisa fazer a lista.

Obras de Caravaggio no Masp: Imperdível!

Petrificados, é realmente assim que nos sentimos diante da obra Medusa Murtola, de Caravaggio. Segundo a mitologia grega, quem olhasse diretamente para a Medusa era transformado em pedra. A obra do italiano surte efeito similar aos que a observam. Difícil é tirar os olhos de tamanha perfeição.

A exposição Caravaggio e seus seguidores é imperdível por diversos motivos. Suas obras raramente saem da Itália para museus de outros países, sendo assim, essa pode ser uma oportunidade única de conhecer alguns dos trabalhos do pintor.

A famosa Medusa Murtola e o Retrato do Cardeal estão fora da Itália pela primeira vez. O curador italiano Giorgio Leone diz que de todas obras de Caravaggio, apenas 62 chegaram aos nossos dias.

Há obras já reconhecidas do autor e outras que estão sendo estudadas, como a São Francisco em Meditação. São expostas duas obras desta, uma não se sabe se é réplica ou se foi pintada também por Caravaggio.

Caravaggescos – A mostra conta também com obras de seguidores do artista Italiano, como Maddalena Svenuta, de Artemisia Gentileschi, e outras. São 14 artistas que se inspiraram em Caravaggio.

Serviço

Data: até 30 de setembro de 2012

Local: MASP - Av. Paulista, 1578.

Ingresso:R$ 15. Estudante: R$ 7. De terça-feira o acesso é gratuito.

O pai dos efeitos especiais: Méliès!

A exposição “Georges Méliès, O Mágico do Cinema”, inédita no Brasil, está disponível no Museu da Imagem e do Som (MIS). Produzida pela Cinemateca Francesa, exibe uma coleção proveniente de duas fontes: a reunida desde 1936, da própria Cinemateca; e a herdada pela neta do cineasta, Madeleine Malthête-Méliès, que foi adquirida em 2004 pelo Centro Nacional de Filme, com o apoio do Fundo Patrimônio do Ministério da Cultura.

Georges Méliès (1861-1938) é conhecido como o pai dos efeitos especiais. Um de seus filmes mais conhecidos é Le voyage dans la lune (Viagem à lua) de 1902.

Nesta mostra o público irá mergulhar no universo de Méliès por meio seis diferentes seções, as quais remontam sua trajetória e suas invenções: Méliès mágico; Méliès mágico e cineasta; O estúdio Méliès; O universo fantástico de Méliès; A Viagem à Lua; e Fim. Além dos objetos originais expostos, haverá projeções de onze de seus filmes em algumas das paredes do Museu. Já sua obra-prima, Viagem à Lua (1902), será exibida dentro de uma nave espacial inspirada no filme, criada com exclusividade pelo MIS.

Há também a Instalação Méliès, uma obra interativa para que as pessoas criem seus próprios filmes de até 30 segundos em meio aos cenários móveis que compõem essa instalação. A partir da escolha de uma das quatro narrativas disponíveis (veja aqui). Os visitantes irão manipular recursos cenográficos e efeitos especiais como o aparecimento e desaparecimento de objetos e pessoas e a mudança de tamanho de elementos da narrativa, semelhantes aos truques utilizados por Meliès em seus filmes.

Se você ainda não foi visitar dá tempo! A exposição ficará disponível até o dia 16 de setembro.